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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

DIÁLOGO COM O TEMPO

-Tempo, tempo onde você está?
Faz tempo que clamo por ti e tu não respondes, não dá um sinal.
Será que ando cega e surda e não consigo te perceber?
Não sei acho que tu te esqueceste de mim, acho que me perdi nas dobras do tempo e você não percebeu. Mas escuta, preciso de ti, preciso te encontrar, pois preciso de tempo.
Olha o tempo passou, passou rápido demais e tanta coisa ficou para trás.
Não tive tempo de dar amor o tanto que queria, nem pude sorrir o tanto que gostaria, nem chorar o tanto necessário para aliviar a alma, nem de descobrir o jeito certo de lutar e nem ao menos de propagar a minha fé.
Achei que daria tempo, não percebi que meu tempo passou e eu preciso de tempo para viver todo sentimento que deixou de ser vivido, para por em prática tudo que descobri, para plantar mais sementes de amor e fé e encontrar a alegria que só vem da simplicidade dos puros e inocentes.
Mas tempo tu não me ouves e o tempo corre e eu me desespero.
Sinto-me cansada, exausta e me aquieto, talvez eu não mereça que tu me escute.
De repente uma brisa suave me envolve, sinto uma grande paz e eu ouço dentro de mim tuas sábias palavras.
- Todo tempo necessário foi te dado e tu o viveste conforme teu livre-arbítrio, acertaste algumas vezes em outras erraste, mas com certeza viveste.
Se hoje percebes o que melhor poderias ter feito, é porque exatamente aprendeste algumas das lições que a vida te deu e com certeza cada um tem seu tempo próprio e cada fase da vida é um tempo a ser vivido.
Não se chora o tempo que passou, alegra-se com o tempo que está para vir e tenha certeza que o tempo é infinito, pois ele foi criado pelo Pai que é eterno e um dia perceberás que o teu espírito também é eterno e será tempo de outra dimensão vivenciar.
Silêncio novamente, só a paz da noite, sinto-me calma, sei agora que terei o tempo que for necessário para completar minha estrada, sem ansiedades viverei um dia de cada vez e na sabedoria do Pai o livre arbítrio é meu e eu não o decepcionarei.
Luconi

Onze-horas ao sol

Diante do sol

Onze-horas

E o dia correndo nas horas...

As flores se entregando em cores

Brancas amarelas cor-de-rosa

Feito uma poesia ao dia

Onze-horas

Flores lançadas à alma

Dos olhos passantes

Suspensas em vasos nas janelas

Recostadas às paredes

Das casas em primavera

Onze-horas

Volta o menino da escola

Cruza pela pracinha e vê

Nos canteiros em pleno sol

As flores animadas

Onze-horas

Anunciando o almoço

Antes do se ir das horas

Pois fecham as portas

Em seu concerto

Solar

De amor