
E lá estava o menino dentro do mato com os olhos assustados. Viu uma borboleta voando e sentiu medo. Inocente criança!
Era hora dos meninos... Ele saiu do mato e correu pela varanda. O mundo tão grande, e tão pequeno o menino.
A borboleta cruzou o espaço a parou ao lado de uma flor... perto de onde sentara o menino. Os olhinhos assustados grudaram-se no animal tentando sentir-lhe a reação. Nada. Só esvoaçando as asas multicores de lances laranja. O menino ficou sentadinho na pedra onde fora “perseguido” pela borboleta. Quieto, só recebendo as cores da vida.
Ser criança é uma poesia, pensei de minha cadeira preguiçosa. No quintal de minha casa uma mensagem da vida – receber dos olhos de uma criança um sorriso da tarde. Meus olhos marejaram!... Senti-me pequena diante de tão grande sabedoria.