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sábado, 10 de outubro de 2009

Grandes e pequenos

E lá estava o menino dentro do mato com os olhos assustados. Viu uma borboleta voando e sentiu medo. Inocente criança!

Era hora dos meninos... Ele saiu do mato e correu pela varanda. O mundo tão grande, e tão pequeno o menino.

A borboleta cruzou o espaço a parou ao lado de uma flor... perto de onde sentara o menino. Os olhinhos assustados grudaram-se no animal tentando sentir-lhe a reação. Nada. Só esvoaçando as asas multicores de lances laranja. O menino ficou sentadinho na pedra onde fora “perseguido” pela borboleta. Quieto, só recebendo as cores da vida.

Ser criança é uma poesia, pensei de minha cadeira preguiçosa. No quintal de minha casa uma mensagem da vida – receber dos olhos de uma criança um sorriso da tarde. Meus olhos marejaram!... Senti-me pequena diante de tão grande sabedoria.

Vivo de amor

Quando abro meus olhos

Dentro de meu coração

O homem que eu amo

Nesta vida me vem

Em um turbilhão de desejos.

E a voz dele quente sensual

Murmura em meu peito

Palavras amadas

Num sonho de amor.

Então declaro a ele

O que penso

O que espero da vida

Quando meus olhos o veem

Assim perto de mim.

Nessas horas de fantasia

A pele vai conhecendo

O cheiro másculo

O sabor do beijo

O toque das mãos

Que viajam em meu corpo.

Quando meus olhos

Provam das palavras

Escritas em meu coração

Muito embora numa fantasia,

Explico à minha razão

Que não vivo sem amor.