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domingo, 29 de novembro de 2009

Sementes











Entregues ao vento
[D]as sementes brotam sonhos
Do nascer da vida... 


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Encontro alado

De galho em galho
salto em salto
amor acontece...
chica

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FOLHA AO VENTO EU SOU

Folha ao vento eu sou,

e é bom estar ao vento,

ele traz, eu seguro,

ele leva, eu deixo,

com o vento eu não teimo,

não adianta teimar,

o caminho que me leva,

sigo eu sem pestanejar,

o acolho com carinho,

o melhor de mim eu dou,

aproveito colho flores,

esquivo-me dos espinhos,

algumas sementes semeio,

e assim eu vou vivendo,

esta vida solta ao vento,

nunca sei quando virá,

nem para aonde irá me levar,

sei apenas que nesta terra,

quando para mim não houver mais caminhos,

a Ele me levará.

Luconi

10-01-09

sábado, 21 de novembro de 2009

Amamentação




No seio da mãe
O fruto do ventre suga
O leite do Amor!


Fim do dia




Quando o fim do dia
Anuncia a  noite... o sol
Dorme solitário!


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Criança triste



Chove... a água escorre no vidro da janela
O vento corre livre no jardim
Vrem... vrem... a menina sente o chamado
Os pezinhos dizendo do sabor da chuva
Lá fora as flores banhando-se invernais
A menina prisioneira nas imagens
O céu escuro gritando de bandido
Assombrando os pássaros nos ninhos
Ela sem uma capa de chuva
Para ser a mocinha e salvar os filhotinhos
Deixa apenas a lágrima banhar as faces
Alagando o coração de lamentos
Uma sensação de frio a envolve
Recosta-se no vidro e abraça seu ursinho... Snif!


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nada além de flores



Pena que não sei
Dizer da vida (!)...  (Estou
Observando as flores...)


Jarro de flores


Em jarros de barro (,)
As flores são todo o verde
Que alegram a casa


(Da seca)



Por léguas sem fim
A cabeça leva todas
As posses da casa

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Milagre





Pensou ser o fim
De repente abriu os olhos (:
 Era borboleta !)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O pedido da rosa



Mirada em espinhos
A bela rosa pedia 
_Não me desfolhes!

Teimosia



Embora fosse
Seca... (Eu vi a natureza
Viva do sertão!)


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Agrado



 Em cima da mesa
Tuas flores aplaudindo
O terno carinho...


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Menino numa bicicleta



Eita, menino! Que olhar é esse
Tão carregado de brilhos
Denunciando o sorriso
De teu coração?
Quem te fez ave errante
Neste céu azul
Batendo as pernas
Em horas de sol assim?
Foi Papai Noel
Na noite de ontem
Que me enviou uma bicicleta
É natal...
Mamãe me disse que fui bom menino
Ganhei um presente do céu!
Quando acordei
O brinquedo me chamava
Fazendo-me sorrir assim...
Então cruzo as horas de minha rua
Neste olhar de menino
Solto no céu azul...



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Castelos de areia



 Deixei meu castelo
Nas areias (esquecida)
Dos sonhos ingênuos


Flor de maracujá



Raio leso [o sol]
Em flor de maracujá
Deitou sua dor

Namoro antigo



(-) Sala de visitas (-)
Vigiado pelos pais
O casal namora


Roubo (?!)



Dantes do pedido
De me roubar uma flor (...)
Deste-me um buquê!


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ipês na rua





No largo da rua
Os ipês em tons lilases
Falavam do dia


Crônica de uma avó





Eu fico aqui, olhos presos no voo de alguns canários e sabiás, cogitando de minha vida. Ela nunca me fora mais adversa. Se por um lado tenho um montante de dívidas com os quitandeiros; de outro, sou agraciada com o prazer de ser avó. Este é um dos sonhos de meus dias. E olha que os acho longos! Meus cabelos brancos que façam queixas das vezes em que foram tingidos.

Aproveitando um fragmento de música antiga e sem citar o autor, que não lembro; e podem culpar meus anos idos (!), digo a mim mesma como se fora a vida a dizê-lo: “Receba as flores que lhe dou...”. Uma pessoa deve sempre olhar as flores; ajuda a andar com um sorriso, a recuperar o sabor da beleza do dia. Cada dia tem um tom diferente, com suas “pedras no meio do caminho”. Isso atribui um aspecto diferente a cada amanhecer; uns têm flores de tons vivos, e, há os que estão enveredados por pedregulhos.

Bem, alguns seres escalam montanhas por prazer, outros voam no alto delas e fazem-nas suas moradas. Quando soube que ia ser avó, eu descobri o que é voar sem ter asas! Cheguei a abrir meus braços hoje de manhã sentindo o vento em meu corpo. Foi uma sensação de prazer, de excitação. Que foi? A palavra [excitação] está mal colocada? Hum!... Segundo o Aurélio, na acepção 3.: Forte sensação de vigor, energia, entusiasmo e/ou desejo ... Então, por instantes eu fui energia. Corri no vento... e pousei nos galhos da faveira; a qual avisto balançar os galhos daqui de minha preguiçosa na varanda da casa.

O curioso é como a vida nos vem nova a cada instante! E nada me escapa na manhã, como se meus sentidos estivessem ligados aos sons, às cores; desde o canto dos pássaros nos galhos verdes da faveira até o arrastar dos ramos secos da vassoura de piaçaba no chão do terreiro. Tenho no olhar, nos seios, no coração a certeza de que há adversidades, mas que sou forte como este sertão.

Por todos os “sabiás” que cantam nas “palmeiras” do dia (apesar de minhas dívidas) com sua graça e cara natural eu me vejo uma feliz vovó com seus cabelos brancos contando histórias a minha netinha debaixo deste céu azul. E os canários? Bem, eles devem estar agora no alto de um ipê, pois de repente as flores ficaram mais amarelas...

Lindo engano



Num galho despido (...)
Uma flor conjeturava
Ser ela as folhas


Caminhos



O homem caminha
Nem sempre certo de seus passos...
Mas segue...
Aqui fico olhando o dia...
... Querendo ser o vento...
Para dar asas a meus sonhos...


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Flores de domingo




Num domingo frio
Enfeitei meu coração
Com flores do campo

Cravinas



Senhoras do verde
As touceiras de cravinas
Exalam carmim

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Lembranças...

Passam-se anos e anos
não esquecemos jamais
aniversário entre anjos...