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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Uma gota de orvalho

E um som suave de águas brincando nas matas e nos olhos do céu sobe em minha pele. Aparecem flores simples e vozes de pássaros canoros. Olho a mata e fico pensativa: “Que bela é a vida numa gota de orvalho!”

Uma gota de orvalho. Sim. Na ponta de um capim há uma gota de orvalho. Entregue ao sol que nasce sem medo de morrer. Misturando-se com o frescor da manhã no banho matinal de meus olhos. Afloro em lágrimas. Sou uma saudade, um resto de madrugada, um desejo de amar...

E sinto o calor da manhã... saudando as matas... correndo de menino com o vento em raios quentes... “É o sinalzinho da morte da gota de orvalho!...”

Uma gota de orvalho... A noite inteira cuidando da vida na mata... Ouvindo o estalar dos capins, das ramas de salsa, das flores silvestres fechando a porta das pétalas!...

E agora morta!... Vem uma pontada de dor a meu coração... Viajo os olhos nos raios do sol... “A vida tem de seguir...”

... E na claridade da manhã escuto o sino da igrejinha, longe, soprando uma oração ao dia que nasce (:) Em gotas de orvalhos!...

3 comentários:

chica disse...

Quanta alma retratas em tuas palavras, escriras com o coração.beijos

LUCONI MARCIA MARIA disse...

Nossa como é belo ler-te, parabéns amiga, bjos Luconi

AFRICA EM POESIA disse...

Cajú que saudade...
Obrigada pela visita e Vá passando no meu canto


porque este meu poema é mesmo um dos meus favoritos eu deixo com um beijo

VELHO


Ser velho
E ser sábio...

Será bom ser sábio?
Será bom ser velho?

Eu preferia...
Não ser sábio
E não ser velho...

Queria ficar...
Não queria ir...
Mas vou...

E vou ficar velho...
E vou-me embora...

Só não saberei...
Se realmente...
Chegarei a ser sábio...

LILI LARANJO