Era ainda dia quando eu te vi
Os cabelos soltos ao vento
Um sorriso franco nos olhos castanhos
Não consegui dizer teu nome
Eu quis ser o sol se indo
Mesmo que o calor em tua pele fosse tênue
Parei num banco de praça e sentei
Deixei minh’alma seguir teus passos
Tinha tanto a dizer e não falei
_Sou uma mulher de poucas palavras_
E parada eu sentia na garganta presas
Todas as letras de teu nome
Ouvi o sino da igrejinha tocar as horas da Ave-Maria
Umas senhoras passaram com seus terços à mão
Eu as ouvi em suas ladainhas de Fé
Meu coração, no entanto, te seguia os passos
Eras um vulto pardo dentro da noite
E esta a lançar o brilho das estrelas nas janelas abertas
Diante de meus olhos teus passos sumindo na rua
Uma lágrima me veio às faces
Toquei-a com dedos acanhados
Do que eu devia fazer
Meus lábios não falaram
Só meus sentimentos responderam
_Eu devia dizer que te amo
Pois os anos passam
E ficamos de cabelos brancos!
Um comentário:
Lindo isso,Flor!beijos,tuuuuuuuuuuuuudo de bom,chica
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