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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009


No alto da serra
O verde desce num cipó
E põe os pés no chão

Consciência no trânsito...

Feriadão chegando
quem vai quer e deve
também voltar
chica

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Alma de pescador



Alma entregue ao rio
O pescador guarda a rede
Era piracema


domingo, 27 de dezembro de 2009

Noite de poesia


Era ainda dia quando eu te vi 
Os cabelos soltos ao vento 
Um sorriso franco nos olhos castanhos 
Não consegui dizer teu nome 
Eu quis ser o sol se indo 
Mesmo que o calor em tua pele fosse tênue 
Parei num banco de praça e sentei 
Deixei minh’alma seguir teus passos 
Tinha tanto a dizer e não falei  
_Sou uma mulher de poucas palavras_ 
E parada eu sentia na garganta presas 
Todas as letras de teu nome 
Ouvi o sino da igrejinha tocar as horas da Ave-Maria 
Umas senhoras passaram com seus terços à mão 
Eu as ouvi em suas ladainhas de Fé 
Meu coração, no entanto, te seguia os passos 
Eras um vulto pardo dentro da noite 
E esta a lançar o brilho das estrelas nas janelas abertas 
Diante de meus olhos teus passos sumindo na rua 
Uma lágrima me veio às faces 
Toquei-a com dedos acanhados 
Do que eu devia fazer 
Meus lábios não falaram 
Só meus sentimentos responderam
_Eu devia dizer que te amo 
Pois os anos passam 
E ficamos de cabelos brancos!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

(Dos poetas)



Ouvindo as estrelas,
O homem pisa na noite (:)
Tem os pés em versos!...

As folhas caem



Ao chão, ao pó, retornam
As folhas quando adormecem
(São frutos da vida!)  


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Matinal



Vem o amanhecer...
(Pros raios do sol) a festa
É uma certeza!


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Uma mata verde


Enquanto menina 
Disseram-me que o Brasil 
Era uma mata verde!... 
(Ruim foi crescer e descobrir 
Que o homem destrói 
O meio ambiente) 
A tarde talvez veja 
Meus netos brincando  
Debaixo do céu azul... 
Se tomarmos uma atitude 
De socorrer o planeta!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Descanso



Em tons amarelos (,)
                                                               As asas da borboleta
          Sentaram na flor


sábado, 19 de dezembro de 2009

O pranto dos rios


Em águas barrentas
Os dedos das margens deitam-se
Compridos rasteiros

Seu ventre lavando
As casas e ruas virgens
Em prantos profundos

Às vezes um choro
Irrompe em estalidos
De seu próprio seio

É a alma íntima
Curvada com a agonia
De seus pescadores

Então os braços
Suspensos nas pontes gritam:
- Não afoguem os rios!



quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Queimadas nas estradas


Cigarro jogado
O asfalto agoniza a dor
Da mata queimando


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ternura

Gestos delicados
aquecem o coração
carinho e encanto
chica

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Moderação

Na gangorra da vida
equilíbrio é preciso
respeito ao ritmo
chica

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Futebol ao sol



Pernas estendidas (,)
A sombra (jogando bola)
Driblava os meninos


O tatu



Todo na armadura
O tatu invade o cerrado
Caçando os cupins


domingo, 6 de dezembro de 2009

Ao pino do sol




O sol castigava (...)
De uma folha a formiga
Fez seu guarda-sol! 


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O tempo



O tempo caminha...
(Nem me dei conta dos passos
Prendi-me nas flores!)


Hortênsias azuis



Azuis, as hortênsias
Exibiam-me o olhar
Tranquilo do dia!


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Conversa de lavadeiras



          Na ponta dum galho

Três lavadeiras (em Sol)

Falavam do dia

Tapete verde



Verde é o tapete
Do chão quando vem a chuva
(: O sertão renasce!)